sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

[Unicidade (?)]



Fala comigo,

Enleamos os dedos como devotos.

Consumamos o espaço vazio, embargo da plenitude.

Suspiram os deuses em nome das exaltações humanas,

As febres culminam no nosso desejo.

Nada mais existe

Entre o marulhar dos beijos

E as costas voltadas à calamidade do mundo.

Abrem-se fachadas suspensas na rigidez do tempo,

Porque há liames perenes, reservados na excepção, …



in A Cor Rubra da Noite

5 comentários:

  1. Lembro-me sempre de estarmos na biblioteca da faculdade de Belas Artes a ver um livro gigante de Munch (e eu ainda a lembrar-me de História da Cultura e das Artes do secundário, porque tínhamos acabado de entrar no 1º ano, 1º semestre).
    E odeio mãos. Odeio, odeio mãos, por isso não gosto disso de "enleamos os dedos", "enlacemos as mãos", etc. Embora saiba que o simbólico tem mais valor, a imagem das mãos existe e eu não suporto.

    ResponderEliminar
  2. Estas obras que tens como imagens são bem fixes *-*
    Lembro-me que no 9º estudei algumas sobretudo de Dalí, bem fixe adoro-as :D

    ResponderEliminar
  3. Ó minha musa!.....

    Tenho já imensas saudades de ti!

    Escreves tão bem, é um deleite, que é feito do projecto corpóreo que ambas recebemos?

    ResponderEliminar
  4. :D Também curto muito de Van Gogh *-*
    No 7º ano fui a um museu dele em Arles, e em geral detrás de cada obra de cada pintor há uma história que me deixa hipnotizada :)
    Fica bem :D

    ResponderEliminar