sexta-feira, 6 de setembro de 2013

É o ranger dos dentes atrás da porta

Estultícia, não, nego com todas as palavras.
Ora senta, arregala o teu abismo particular.
Esta porta que nos separa, na verdade,
Não existe!
Deixa as palavras fundirem o que resta dos teus sentidos:

Os ossos devem ser impostos! Antes removidos, claro,
Escamoteados de um corpo qualquer,
Talvez de um órfão do mundo!
Sim! Daqueles que caminha com os passos tresmalhados.

Melhor mesmo seria um daqueles que titubeia
De tanto que o seu coração foi atirado contra o betão.
Já viste um coraçãozinho (deserto)
Sarapintado de ocre, húmus, um trago esquálido de asfalto?
Que deliciosa visão!



Pensando bem, talvez uma mente sedenta de universo.
Sonhos paulatinamente hipnotizados pelo vácuo da humanidade:
Primeiro atiçados selvaticamente (é aquela conquista inglória pelo nada,
Em que a tanto humanidade persiste, quem sabe),
para depois se esfumarem tão pesadamente.
É quando o negro começa a carcomer cada interstício.
Estás a ouvir? Bruxulear de uma efervescência cósmica?

Eriçado estou!
Achas que posso abrir a porta? Agora estou impaciente…

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

[Panteão em nome do paroxismo, ...]

Vou ficar aqui até os ossos quebrarem,
O corpo ruir.
Até o vazio ser mais uma sombra
A contemplar o colapso do mundo.


Não te esqueças, eu vou estar aqui,
Como o mar que te rebenta por dentro
E repousa manso a teus pés.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

[A Cor Rubra da Noite] (II)


Boa noite.
Venho por este meio convidar todos os interessados a comparecer no dia 30 de Outubro (Sábado), na Quinta da Caverneira (Águas Santas), por volta das 17h45, para um encontro informal, tendo como elemento de base o livro “A Cor Rubra da Noite”.
Para mais pormenores não hesitem em contactar o endereço - d.soliloquio@gmail.com; possíveis alterações serão comunicadas por via deste blog.
Seguidamente, deixo algumas informações acerca do local de encontro:


(Fotografia retirada do site da C.M. da Maia)


(Morada: Rua do Pastor Joaquim Machado - 4445-000 - Águas Santas)

Muito obrigada pela atenção.





Sim, admito que a identidade deste blog poderia definir-se numa palavra: inércia. Mesmo assim, agradeço a todos os leitores e visitantes deste espaço. (:



P.S. – O e-mail d.soliloquio@gmail.com mantém-se disponível para quem desejar esclarecer algum assunto, especialmente se alguém quiser saber mais detalhes sobre o encontro descrito no presente post.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

[A Cor Rubra da Noite] (I)

Um facto irrevogável: já não partilhava algo no blog há algum tempo. Digo isto com o devido pesar da racionalidade, pois, em termos relativos (para mim), o tempo tem funcionado como a água estagnada de um poço. O vento é um aliado malogrado, a chuva mistura-se com cadência do mundo e bem no fundo do poço, ainda existem uns quantos rasgos microscópicos de vivacidade; mas, na verdade, a água permanece indolente às mais ligeiras agitações congénitas ou externas, ou seja, o tempo é uma âncora estrategicamente posicionada no núcleo duro do abismo. Espero em breve ter força suficiente para dar um novo rumo a esta condição, já que temos de trabalhar com o que insistimos deixar enclausurado em nós.

Mesmo assim, é com o devido orgulho que apresento o seguinte livro (de poemas):


Para quem estiver interessado, pode optar por duas modalidades:


a) ora em pdf

b) ora no formato habitual

Agradeço por esta oportunidade, agradeço a todos os que acompanham este blog, agradeço aos agora e futuros leitores do livro. Merci. (:



P.S. – Se quiserem discutir algum assunto relativo ao livro, se tiverem alguma dúvida ou questão podem usar o seguinte e-mail do blog: d.soliloquio@gmail.com