“Nas recordações de cada homem há coisas que este não descobre a ninguém, a não ser os seus amigos. Há outras também que nem os seus amigos descobrem, e apenas a si próprio as confessa, e isto ainda em segredo. Mas há finalmente outras que o homem receia confessar a si próprio, e todo o homem guarda na sua alma uma pilha destas coisas, sempre seja como deve ser. E quanto mais o é, mais coisas dessas guarda.” *Fiódor Dostoiévski
Correr num labirinto de heresias
Entre clarões de lucidez e o mais intrincado dos fastios.
Saber que o fim é um intempérie lenta
De vórtices fragmentados, certezas fortuitas.
Turvar com a ponta dos dedos o areal dos sentimentos,
Aquele céu etéreo que nos move,
Que julgamos eternamente fugidio, inalcançável.
Como numa sonata, dedilhamos variavelmente a existência.
Exorcizamos palavras de ausência, sentimos nostalgias constantes.
Contamos pulsações arrítmicas e abismos por rasgar.
No fundo respiramos um vazio que insistentemente procuramos preencher.
{Em mim existe todo este baluarte de palavras,
Talvez numa conjugação pouco clara, toldada pela inconsistência.}
Existem vultos abrasivos que persistem,
Que não adequam a inércia a todas as vivências.
A soledade sempre fez parte das multidões
Entre passos fugazes ou dolentes,
Entre eflúvios de coragem ou fraquezas imanentes.
{Chega o momento em que nego as mesmas sombras.
Procuro testemunhar um renascer sereno.
Distancio-me de um lugar comum
Para finalmente degustar um toque breve de Liberdade!} - De dentro para fora, passo a passo.
“Eu escrevo só para mim e declaro de uma vez para sempre que, se escrevo como se tivesse leitores na minha frente, o faço apenas porque assim escrevo com mais à vontade, o faço apenas como uma maneira de me exprimir e nada mais. Quanto aos leitores, nunca os terei, já o disse.” *Fiódor Dostoiévski
Correr num labirinto de heresias
Entre clarões de lucidez e o mais intrincado dos fastios.
Saber que o fim é um intempérie lenta
De vórtices fragmentados, certezas fortuitas.
Turvar com a ponta dos dedos o areal dos sentimentos,
Aquele céu etéreo que nos move,
Que julgamos eternamente fugidio, inalcançável.
Como numa sonata, dedilhamos variavelmente a existência.
Exorcizamos palavras de ausência, sentimos nostalgias constantes.
Contamos pulsações arrítmicas e abismos por rasgar.
No fundo respiramos um vazio que insistentemente procuramos preencher.
{Em mim existe todo este baluarte de palavras,
Talvez numa conjugação pouco clara, toldada pela inconsistência.}
Existem vultos abrasivos que persistem,
Que não adequam a inércia a todas as vivências.
A soledade sempre fez parte das multidões
Entre passos fugazes ou dolentes,
Entre eflúvios de coragem ou fraquezas imanentes.
{Chega o momento em que nego as mesmas sombras.
Procuro testemunhar um renascer sereno.
Distancio-me de um lugar comum
Para finalmente degustar um toque breve de Liberdade!} - De dentro para fora, passo a passo.
“Eu escrevo só para mim e declaro de uma vez para sempre que, se escrevo como se tivesse leitores na minha frente, o faço apenas porque assim escrevo com mais à vontade, o faço apenas como uma maneira de me exprimir e nada mais. Quanto aos leitores, nunca os terei, já o disse.” *Fiódor Dostoiévski